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23 abril 2014

SE FOI, É LAMENTÁVEL....

Mãe de dançarino da Globo defende que filho foi torturado pela polícia

Gustavo Maia
Do UOL, no Rio de Janeiro
  • Gustavo Maia/UOL
    Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino morto, chega à 13ª DP (Copacabana) com o advogado
    Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino morto, chega à 13ª DP (Copacabana) com o advogado
A mãe de Douglas Rafael da Silva Pereira, 26, o dançarino DG do programa "Esquenta" da TV Globo, encontrado morto na terça-feira (22) em uma escola municipal no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, afirmou na manhã desta quarta-feira (23) que tem certeza de que ele foi torturado por policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) instalada na comunidade e declarou que vai processar o Estado pela morte do filho.
"A UPP é uma farsa, uma mentira", disse a enfermeira Maria de Fátima Silva, 56, enquanto esperava para prestar depoimento na 13ª DP (Copacabana). Ela chegou à delegacia às 10h45 levando um documento obtido no IML (Instituto Médico Legal) na noite de terça, que aponta uma "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax" como causa da morte. De acordo com o documento, Douglas foi vítima de uma "ação pérfuro-contundente".
"Ele não morreu de queda, como disse a polícia. Foi alguma coisa pontiaguda. Eu fiquei com o corpo do meu filho até as 3h30 da madrugada e vi que ele tem um afundamento no crânio, um corte no supercílio e está com o nariz roxo. Eu acredito que mataram ele. Tenho certeza que ele foi torturado pelos policiais da UPP", disse a enfermeira.
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Dançarino da Globo é encontrado morto em favela no Rio21 fotos

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23.abr.2014 - Amigos e vizinhos de Douglas Rafael da Silva Pereira, 25, o DG, um dos dançarinos do programa "Esquenta", da TV Globo, rezam nesta quarta-feira (23), antes de partida de futebol perto de local onde o corpo dele foi encontrado na comunidade Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. No dia anterior (22), moradores fizeram um protesto contra a sua morte. Houve confronto entre manifestantes e policiais militares. A mãe de Douglas afirma que o filho foi torturado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Felipe Dana/AP
De acordo com Maria de Fátima, a ex-namorada de Douglas, com quem ele teve uma filha, que tem 4 anos, viu o corpo do dançarino ainda na escola. "Ela contou que ele estava em posição de defesa. Tiraram fotos do local e tinha marcas de sangue na parede", relatou.
Segundo a mãe de DG, que soube da morte do filho apenas às 18h de ontem, os relatos dos moradores do morro levam a crer que os policiais tentaram desfazer a cena do crime. "A escola onde ele foi encontrado está desativada e os moradores disseram que desde as nove da manhã viram um entra e sai de policiais lá. Aí colocaram uma criança em cima do muro e ele viu que o meu filho estava lá deitado, morto", contou Maria de Fátima.

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