Diante da crise política, Dilma pode aceitar correção maior na tabela, apesar de resistência da Fazenda
BRASÍLIA- Diante da crise política e das dificuldades de
relacionamento da presidente Dilma Rousseff com o Congresso e as centrais
sindicais, o Palácio do Planalto voltou a cogitar um reajuste de 6,5% na tabela
do Imposto de Renda (IR) na fonte em 2015, embora enfrente resistência da equipe
econômica. A correção foi aprovada pelo Congresso em dezembro passado e vetada
em 19 de janeiro pela presidente Dilma com a justificativa de que não haveria
espaço fiscal para uma correção acima de 4,5%.
REUTERS/30-1-2015
Joaquim Levy.
Equipe econômica teme
impacto de reajuste maior do IR no ajuste fiscal
Em maio do ano passado, em pronunciamento em cadeia de rádio e T V pelo Dia
do Trabalho, às vésperas da campanha eleitoral, Dilma se comprometera com a
correção da tabela e, no dia 2 de maio, o governo editou uma medida provisória
fixando o reajuste em 4,5%, a partir de janeiro.
Mas, com o recesso branco durante a campanha eleitoral, a medida provisória não foi votada e perdeu a validade em agosto passado. O Congresso incluiu a correção em outra medida, após as eleições, com apoio da oposição, e elevou o percentual para 6,5%. Com o veto presidencial, a tabela ficou sem correção, e o governo sinalizou nos bastidores que encaminharia ao Congresso uma nova medida com a correção de 4,5 % — o que ainda não aconteceu, acirrando ainda mais os ânimos no Congresso, que ameaça derrubar o veto da presidente ao reajuste de 6,5% nas próximas semanas.
A correção da tabela em 4,5% vai custar aos cofres do governo R$ 5,3 bilhões neste ano. Na justificativa do veto, a presidente Dilma informou que o reajuste de 6,5% custaria R$ 7 bilhões. Preocupado com o ajuste das contas públicas, Levy já teria considerado em suas contas os 4,5%, mas resiste em ampliar essa despesa.
REAPROXIMAÇÃO COM CENTRAIS SINDICAIS
Mas, com o recesso branco durante a campanha eleitoral, a medida provisória não foi votada e perdeu a validade em agosto passado. O Congresso incluiu a correção em outra medida, após as eleições, com apoio da oposição, e elevou o percentual para 6,5%. Com o veto presidencial, a tabela ficou sem correção, e o governo sinalizou nos bastidores que encaminharia ao Congresso uma nova medida com a correção de 4,5 % — o que ainda não aconteceu, acirrando ainda mais os ânimos no Congresso, que ameaça derrubar o veto da presidente ao reajuste de 6,5% nas próximas semanas.
A correção da tabela em 4,5% vai custar aos cofres do governo R$ 5,3 bilhões neste ano. Na justificativa do veto, a presidente Dilma informou que o reajuste de 6,5% custaria R$ 7 bilhões. Preocupado com o ajuste das contas públicas, Levy já teria considerado em suas contas os 4,5%, mas resiste em ampliar essa despesa.
REAPROXIMAÇÃO COM CENTRAIS SINDICAIS
Segundo fontes, a decisão está com o Palácio do Planalto e a Casa Civil, que
avaliam as dificuldades políticas que a presidente Dilma enfrenta no Congresso e
o desgaste junto ao movimento sindical. A correção de 6,5% da tabela é uma
hipótese cogitada para evitar um derrota no Congresso com a derrubada do veto
presidencial. Também é vista como uma forma de reaproximação com as centrais
sindicais, que no momento estão trabalhando fortemente para derrubar no
Legislativo as medidas do ajuste fiscal que restringiram o acesso ao benefícios
trabalhistas ( seguro- desemprego, abono e pensões).
Como o governo até agora não editou uma nova medida provisória com a correção da tabela, os assalariados que recebem mais de R$ 1.787,77 continuam tendo que pagar imposto. Nos últimos quatro anos, a tabela foi corrigida anualmente em 4,5%, percentual abaixo da inflação. Em 2010, essa política foi adotada pelo então presidente Luiz Inácio Lula e assegurou aos trabalhadores o reajuste anual no período entre 2011 e 2014.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves ( Juruna), para o movimento sindical, a correção da tabela do IR é uma questão da qual as centrais sindicais não abrem mão. Ele destacou que a melhor solução seria a presidente Dilma editar logo a medida provisória, antes da votação do veto pelo Congresso.
— Seria um gesto positivo da presidente nesse momento. Poderia ajudála numa reaproximação com o movimento sindical — destacou Juruna.
Como o governo até agora não editou uma nova medida provisória com a correção da tabela, os assalariados que recebem mais de R$ 1.787,77 continuam tendo que pagar imposto. Nos últimos quatro anos, a tabela foi corrigida anualmente em 4,5%, percentual abaixo da inflação. Em 2010, essa política foi adotada pelo então presidente Luiz Inácio Lula e assegurou aos trabalhadores o reajuste anual no período entre 2011 e 2014.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves ( Juruna), para o movimento sindical, a correção da tabela do IR é uma questão da qual as centrais sindicais não abrem mão. Ele destacou que a melhor solução seria a presidente Dilma editar logo a medida provisória, antes da votação do veto pelo Congresso.
— Seria um gesto positivo da presidente nesse momento. Poderia ajudála numa reaproximação com o movimento sindical — destacou Juruna.
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