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07 maio 2015

VIDA NA FAZENDA - memórias de uma menina de tranças

O capado gordo
A faca afiada
A corda na mão.
O laço
E o golpe certeiro
no coração.É o porco que morre
É o sangue que escorre.
No fogão a lenha
o tacho com água fervente.
E o sangue, ainda quente, a cozer.
Louro e sal!
Enquanto o pobre animal
Com o fogo, na palha de milho, é chamuscado.
Depois dos pelos queimados.
É rapado e lavado.
E começa a dissecação:
Sai os miúdos
Em seguida o unto
As tripas
E o coração.
O serviço é dividido:
Na maquininha a carne é moída.
Enquanto a tripa é limpa
para ensacar as lingüiças.
Passadas no fubá, pimenta do reino e sal,
no varal são penduradas.
Com espinho de laranjeira são furadas
para pingar a gordura.
E, com doçura, a carne é repartida.
Um pedaço para cada vizinho ajudante.
A divisão dos quadrantes.
A gordura é derretida.
E em latas de vinte litros é dividida.
E as pancettas enroladas
na gordura ficam armazenadas.
É a carne
É o couro
É a lingüiça
O torresmo
O toucinho
O chouriço
E coitado do bicho.
Detalhe:
Sentir compaixão do porco não podia.
Senão ele não morria!

Lenda?
Não sei...
Essas MULHERES eram corajosas!
Entre elas – um porco
E uma...
Duas Rosas!
Uma pequenina.
Usava tranças!


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