Ode aos Olhos (SRebouças)

Tão desprotegidos, nossos olhos, porta principal de nossas vidas, símbolos de uma fragilidade
que 'salta aos olhos' (desculpem o trocadilho). Há quem consiga viver sem o dom da visão - ou de nascença cegos ou ficando cegos por mil e uma razões.
Que estrutura admirável um olho tem! Que concepção, que só pode ser de um Ser divino (não cabotina e pretenciosamente à imagem do Homem), que concebeu esta delicadeza, e que nós humanos fomos "inventar" para fazer as primeiras máquinas fotográficas...
E os movimentos das pupilas, reguladoras automáticas de exposição à luz e às emoções, e às agressões por substâncias introduzidas no organismo, a secreção lacrimal a banhar as delicadas estruturas...aquela camada de pelos - as pestanas, leques a ajudar a proteger os olhos...
Há olhos feios, olhos indiferentes e olhos bonitos.
Há também olhares que cativam, capturam os nossos, deixando um desejo de não mais deixar de olhar aqueles olhos que nos olham assim tão
perturbadoramente.
E não se diga que os olhos bonitos são os cinzas, azuis, amarelados, verdes, os castanhos, os pretos ou aqueles que variam de tonalidade durante o dia e noite...Não é uma questão de cor. Trata-se mais de uma questão de angulação das faces com a base do nariz e as pestanas e sobrancelhas, o conjunto é que determina o grau de beleza. E aqui se está falando de olhos e não de sexo, portanto tudo aqui se aplica a homens e mulheres. Cuidem bem deles!