
O Autor chegou ao pequeno teatro pouco antes de as luzes se apagarem. Sentou-se na última fila, observou que a plateia estava mais para cheia que vazia. Não havia sons de conversa, nem se mexiam as pessoas, ou gesticulavam, viravam-se para trás, como é usual nos teatros. Pareciam bonecos, todos muito iguais, posturas idênticas, mãos nos joelhos, cabeças voltadas para frente.
A cortina se abriu, restou na plateia uma luz difusa, vinda do cenário, todo ele fotográfico, principalmente. A peça, chamada "O blog da vida de cada um" começou, e os quadros se foram sucedendo, o Autor embevecido com sua modesta obra, nem reparou que não havia nenhum movimento de incentivo por parte da plateia, mas tampouco parecia ela presa ao desenrolar do blog...Até que afinal a peça terminou, a cortina se fechou, para abrir-se logo em seguida, com os atores todos de mãos dadas de frente para a platéia. Pareciam cães a abanar o rabo que não tinham, ansiosos, mas...os aplausos não vieram. A cortina se fechou novamente, a escuridão agora era total,
os bonecos começaram organizadamente a se retirar em fila como num ensaio de alarme de incêndio.
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Por fim, só restou no Teatro o Autor, encolhido e triste, decepcionado mesmo. Mas disposto a não se deixar abater e a continuar sempre em frente. "The blog must go on!...."
Pois é meu amigo o autor deve continuar pois só assim terá cumprido a sua missão. Comunicar é dar a mão mesmo que do outro lado poucos sejam os que vejam essa mão.
ResponderExcluirE se alguém responder a esse gesto mesmo que seja só um terá valido a pena escrever e expor os seus sentimentos.
Um abraço
Não terem chovido tomates já é um princípio!
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