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09 abril 2011

JUIZ NÃO RELATA HOMOFOBIA; CBV ESPERA. Bruno Doro,São Paulo

Michael assume que é homossexual mas diz que "não é importante"


A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) recebeu o relatório encaminhado pelo Vôlei Futuro, que acusa a torcida do Sada/Cruzeiro de homofobia contra um de seus jogadores. A entidade, porém, afirmou que o árbitro e o delegado da partida não relataram qualquer tipo de irregularidade. Com isso, a entidade agora aguarda a decisão do STJD sobre o caso.

Toda a polêmica que envolveu a partida entre Vôlei Futuro e Cruzeiro, na última sexta-feira, em Contagem, Minas Gerais, fez o meio de rede Michael assumir que é homossexual. O jogador, no entanto, fez questão de afirmar que sua orientação sexual não é relevante para o caso. "Eu prefiro não falar sobre isso. Não acho que [minha orientação sexual] seja importante. Quem me vê dentro de quadra e me conhece sabe o que sou. Mas foi uma agressão", disse o jogador.

Pouco depois de falar com o UOL Esporte, Michael foi ainda mais direto em outra entrevista: "Sou gay, mas isso não precisa ser comentado. Todo mundo aqui sabe", falou ao site Globoesporte.com.

Com o Ginásio do Riacho lotado com 2200 pessoas, o jogador foi o grande alvo da torcida do Cruzeiro. Ele alega ter sido chamado de "gay" e "bicha" sempre que tocava na bola e se aproximava das arquibancadas. Pela televisão, a reportagem ouviu gritos de "veado" a cada vez que o central se preparava para sacar. Apesar da revolta com o que aconteceu, o jogador não deve tomar medidas legais contra o adversário.
A empresa que cuida de sua carreira enviou para a imprensa um comunicado repudiando os atos dos torcedores, mas afirmando que só alertou "as Secretarias de Segurança Pública, os Batalhões do Corpo de Bombeiros, a Confederação Brasileira de Voleibol e as respectivas Procuradoria de Justiça Estaduais, das localidades em pauta, para a observância e preservação da integridade física e moral dos envolvidos".
Para o jogador, a maior preocupação é o aumento do número de ações que mostram intolerância dos torcedores. "O que nós precisamos fazer é acabar com essa tendência. Se hoje é um ato de homofobia, amanhã é de racismo. E isso já aconteceu nessa Superliga, quando chamaram um atleta de macaco", lembrou o jogador. O episódio aconteceu em fevereiro, na partida entre Londrina e São Bernardo.

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