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21 maio 2011

A nova versão Gregório Fortunato... (de ALEX MEDEIROS)

Excelente artigo de Alex Medeiros.

O cínico cleptopetismo





Gilberto Carvalho, o homem-sombra de Luiz Inácio e versão Gregório Fortunato, o homem-sombra do falecido Getúlio Vargas, e do diretório nacional do PT, disse que “não cabe investigar o passado”, num comentário em defesa do companheiro Antonio Palocci, o ministro mais forte de Dilma Rousseff.


É ridícula, risível e nojenta a fala do super-secretário petista, um especialista em varrer lixo petralha para debaixo dos tapetes da indecência. Logo o PT, um franco-atirador quando se trata de olhar para trás e avaliar o “derrière” reputativo dos adversários.

Nenhum partido ou quadrilha (no Brasil é tudo a mesma coisa) conseguiu acumular a quantidade de deslizes morais, desvios éticos e atos de corrupção do que o PT na história desse País. E nenhum também condenou tanto os crimes dos outros.

Criado e formado por intelectuais marxistas e ex-presos políticos que desembarcaram do exílio nas portas das fábricas do ABC paulista em fins dos anos 1970, o Partido dos Trabalhadores construiu sua trajetória infiltrando militantes nas greves operárias.
Durante três décadas, tendo que engolir as chamadas “regras burguesas” do processo eleitoral e da redemocratização idealizada pelo general Golbery do Couto e Silva e ofertada pelo então presidente João Figueiredo, o PT foi cimentando seu caminho.
Para almejar a conclusão da obra partidária, lançou mão de ferramentas estratégicas, como a ocupação dos sindicatos, das escolas e faculdades, dos conselhos comunitários e das comunidades de base da igreja católica, sempre num discurso classista.

No acúmulo de derrotas nas urnas, o partido juntou experiências e assimilou truques e traquejos dos velhos partidos que combatia. Ao mesmo tempo em que acusava o inimigo, ia assumindo alguns dos seus costumes e absorvendo maledicências.
Jamais abandonou o discurso bem ensaiado de repercutir à exaustão os erros e indignidades na atividade pregressa dos outros partidos à direita do espectro socialista em que a agremiação foi forjada. Até legendas aliadas eram alvos do purismo petista.

Trinta anos de retórica e verborréia ideológica resultaram em votos para o PT, onde também foi relevante a lavagem cerebral nas gerações universitárias em mãos de professores marxistas e/ou stalinistas, formando um exército de jovens zumbis.
Os votos deram acesso à máquina pública, que por sua vez deu poder e status quo aos reles parasitas de sindicatos e aos vagabundos grevistas, transformados na nova casta de barnabés aquinhoados com as facilidades do erário. O paraíso havia chegado.
Estava realizado o que era apenas slogan publicitário: “um novo mundo é possível”. Aboletados nos cargos públicos, cujas vagas tiveram aumento exponencial durante os anos Lula, sem falar nos governos regionais e municipais, o PT fez feira e fortuna.
Durante essa trajetória de causar inveja às famílias sicilianas, muitos foram os militantes dignos que pularam fora do esquema. Já não se contam nos dedos as personalidades que demonstraram honradez e moral ideológica para refutar a aventura “a la Arena”, o solapador partido dos generais e coronéis.
Como numa leitura enviesada de um filme de ficção científica, o Partido dos Trabalhadores fez sua “viagem de volta ao passado”, reeditando diuturnamente os mesmos deslizes morais e desvios éticos daqueles que criticou por três décadas.
Quando Gilberto Carvalho tem a cara-de-pau de dizer que não “cabe investigar o passado” de Antonio Palocci, um passado que – diga-se – é muito recente, consegue ser mais cínico do que os malufistas em seus apelos advocatícios prescribentes.

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