SEGUIDORES

11 agosto 2012

DISPARATES? TODAVIA MUI POÉTICOS...


Amarelo e laranja varridos como se fossem coisas banais 
Caminhos e umbrais de terra batida em que se invertem sóis
Portões desengonçados e saltos de gazela 
Erguem-se em paredes de vidro e claustros de papel 


A chuva é como um corcel onde se transfiguram formas 
Em traços lazúli embutidos em clareiras mais doiradas do que o mel.
Ainda assim crescem sombras verdes por detrás da lua 
Quando passos dispersos se embrulham em cortinas cruas


Tombados sobre as ervas ficam os desenhos das mãos 
E os contornos indistintos das coisas que fazemos sem esperar 
Como se a vida que nos resta não bastasse 
Para reinventar novos umbrais de paredes de terra em tons de pastel


21/11/2009
Isabel Vieira

Um comentário:

  1. Ficou lindo o meu poema! Eu continuo sem saber se aquilo que escrevo são poemas. Tu achas que sim!...
    Adiante.
    A pintura com que me brindas é fantástica!
    Gostava de passar com os dedos, arrastando-os pelo quadro. Queria sentir-lhe a textura e ver se cabiam nela as palavras.
    Beijos

    ResponderExcluir

MESMO QUE NÃO TENHA TEMPO COMENTE. SUA VISITA É
MUITO IMPORTANTE E SEUS COMENTÁRIOS TAMBÉM...
ANÔNIMOS ACEITOS, DESDE QUE NÃO OFENSIVOS. UMA COISA IMPORTANTE: AS CAPTCHAS NÃO TÊM DIFICULDADE PARA AS PESSOAS. AS LETRAS OU SÃO MAIÚSCULAS OU MINÚSCULAS, NÚMEROS SEMPRE IGUAIS. CASO NÃO ENTENDA HÁ UMA RODINHA PARA V. MUDAR ATÉ ACHAR MELHOR.OBRIGADO.