ao nariz inerte à reflexão dos círios,
foi o coração manso que levou a mão
ao teu peito, coberto de lírios...
No pé tanta corda nova, a caminho da alcova,
tanta corda nova, tanta cara, tanta trova,
a criar tanta nova canção de ninar!
No pé tanta corda nova, a esconder os passos
a esconder inutilmente os espaços
por onde silenciosos se arrastaram estes mesmos pés
algemados em cadeias antigas
arrastando-se mútuamente ao som de mudas e
intocáveis cantigas,
procurando caminhos que não parecem ter fim....
No coração, na lembrança, no grito silencioso,
da revolta insuspeitada
na revoada dos pombos, no troar das iras,
no espoucar dos descaminhos ameaçados...
gritos, súplicas, lamentos e até mesmo tombos
nada mais assusta aqueles intimoratos pombos
que de sua casa, feita de certeza e paz,
contemplam a chuva, o vento, o frio, a água
invadindo tudo.
Estas algemas, enferrujadas embora,
têm a textura que suporta a força dos elementos,
e a força das cordas novas que inutilmente pensam
alinhar passos à força de olhares e silêncios tão vazios...
cedem ou cederão mais cedo ou mais tarde,
lembrando o nariz no centro de mim
no coração de mim,
mas não, nunca, no centro do coração!
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