A evocação enternecida de uma lembrança ou um momento compartilhado, a vista embaçada pela saudade, a lágrima indiscreta e exibicionista, até mesmo quando há apenas um espectador, e este nos olha do fundo de nosso espelho, (e chora, conosco)...
Se houveram brigas, desentendimentos e outros frutos de nossas imperfeições, elas nunca se sentaram neste banco, sob esta árvore, nunca experimentaram a paz que sucede ao desfecho do desastre anunciado ou não, no recobrar-se cíclico da cadência da Vida.
Quantas vezes temos falhado em simplesmente contentarmo-nos em jogar ao colo de amigos arrasados por perdas, que são para eles como que um arrancamento a frio de uma sua parte do corpo, palavras cristãs mas convencionais e vazias de conforto.
Quantas vezes reagimos com palavras formais, as quais o ser embrutecido pela dor nem sequer responde...
Mas, se pelo menos uma vez, procuramos este banco, e lembramos de uma pessoa querida que nos deixou, este gesto redime nossas falhas, abranda nossa culpa.
Porquê ainda consigo acreditar em Deus, mesmo que aconteçam tantas e tantas desgraças, mesmo que ignorante de Seus desígnios.
Sergio Rebouças
A avaliar pela quantidade de gente que está sentada no banco, até é demasiado grande!
ResponderExcluirrafeiro eu estou a falar de pessoas do tipo Fernando Botero, não de canículos lumbriguentos e de ossos à mostra....
ResponderExcluirNossa Sr. Sérgio sinto a mostra sua sensibilidade.
ResponderExcluirEste banco lhe traz saudades.
Assim é a vida
um sentir sem fim.
Fale, escreva...
Lindo o seu escrito!
Com carinho
Fátima