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27 janeiro 2011

UM RETRATO EM SEPARATA (SRebouças / 2005)



UM RETRATO EM SEPARATA

É tão difícil o mero gesto,
e assim ccomo a mão na mão,
e assim como o olho no olho.
É a palavra que de tão gasta
já nem mais faz-se ouvir.

É a caminhada para o mesmo lado
sem compor uma verdadeira ala
incorporada...
É a falta de transparência sempre,
acobertando tudo, em prol
de objetivos calculados,
e sempre de repente anunciados.

Este pássaro que mergulhou na água verde
de uma piscina em tratamento
– um pássaro que não estudou química –
precisa mais do que um impulso, ou vários, para cima.
Precisa de um saneamento básico
para jogar toda esta merda
para bem longe,
precisa abrir portas,
precisa abrir janelas,
contemplar o essencial da Vida...

Valorizar mais do que avaliar,
Respeitar mais que
desrespeitar
ou invadir,
ou espreitar,
ou maquinar,
ou planejar,
ver luz onde só entram trevas...

É preciso dar-se cores
no teu vitral amarelo
de ciúmes e insegurança.
Porquê o coração também sofre
de desgaste de materiais
como de desgaste de sentimentos.

Um comentário:

  1. Sergio,

    se você não tivesse dito mais nada e apenas o que vou ressaltar - apesar do poema ser de qualidade indiscutível e permeado de ensinamentos existenciais sábios - no entanto a frase:

    "...ver luz onde só entram trevas...",

    para mim já estaría completo.

    Um abração carioca.

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