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03 agosto 2012

FOI DADA A LARGADA NO PROCESSO DE JULGAMENTO DESTES FACÍNORAS

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresenta seus argumentos de acusação no julgamento da AP 470, o mensalão (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)


Gurgel: "Mensalão foi o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção no Brasil"

No segundo dia de julgamento do mensalão, o procurador-geral da República apresenta a acusação e diz que há provas suficientes contra os réus

REDAÇÃO ÉPOCA
Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta sexta-feira (3), o julgamento da Ação Penal 470, o mensalão. Nesta sexta, a palavra foi dada ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que apresentou a acusação contra os 38 réus do mensalão. 
Gurgel começou falando sobre ética, citando Raimundo Faoro, jurista e autor do livro "Os donos do poder". Segundo Gurgel, a tese apresentada por Faoro - a promiscuidade entre as esferas pública e privada - continua ainda hoje, e se manifesta em casos como o do mensalão.
O procurador rejeitou a tese da defesa de alguns réus, de que o mensalão é um "delírio da procuradoria-geral da República", e disse que há provas suficientes para 36 dos 38 réus da ação. "Foi sem duvida o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro flagrado na história no Brasil". 
Na sua acusação, Roberto Gurgel descreveu a criação do esquema. Segundo ele, tudo começou em 2002, quando o então candidato Lula conseguiu avançar para o segundo turno das eleições. Segundo Gurgel, o publicitário Marcos Valério passou a demonstrar interesse em se aproximar do partido, e foi apresentado aos deputados do Campo Majoritário, corrente do PT de José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e Silvio Pereira.
Dirceu, segue a acusação, era o líder do grupo, e buscava recursos para o financiamento de um projeto político de apoio ao governo no Congresso. Esse apoio foi contruído com compra de votos de parlamentares da base aliada, com recursos financeiros obtidos por empréstimos simulados facilitados por Marcos Valério.
O procurador-geral da República também tentou afastar a tese de que não há provas suficientes contra José Dirceu. Segundo ele, é comum haver poucos documentos comprovando o envolvimento do líder de um esquema, mas as provas testemunhais são "contundentes" para acusar o réu.
Saque de grandes quantidades de dinheiro
Segundo Gurgel, cerca de R$ 73 milhões foram desviados do Banco do Brasil. Os saques eram feitos em grandes quantidades, mais de R$ 100 mil ou R$ 200 mil por vez. "Conta a testemunha que em algumas ocasições foi preciso contratar um carro-forte para transportar a quantia que eram repassadas a parlamentares", disse.
O procurador apresentou a acusação contra a presidente do Banco Rural na época, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane, que seriam os responsáveis pelo fluxo de dinheiro para as agências de Valério. Segundo a acusação, o Banco Rural repassou R$ 32 milhões para o mensalão, na expectativa de conseguir a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, que poderia render "bilhões".

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