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15 setembro 2012

CRAVOS VERMELHOS (Soneto de FLORBELA ESPANCA)


CRAVOS VERMELHOS 


Bocas rubras de chama a palpitar, 
Onde fostes buscar a cor, o tom, 
Esse perfume doido a esvoaçar, 
Esse perfume capitoso e bom?! 

Sois volúpias em flor! Ó gargalhadas 
Doidas de luz, ó almas feitas risos! 
Donde vem essa cor, ó desvairadas, 
Lindas flores d´esculturais sorrisos?! 

...Bem sei vosso segredo...Um rouxinol 
Que vos viu nascer, ó flores do mal 
Disse-me agora: "Uma manhã, o sol, 

O sol vermelho e quente como estriga 
De fogo, o sol do céu de Portugal 
Beijou a boca a uma rapariga..." 

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