talvez haja o reverso da ferida
talvez haja um reverso de despedida...
talvez só reste este verso, esta ferida.
Ferida que nasceu ao abrires horizontes
onde o horizonte já se não fendia...
ferida que se rasgou da noite para o dia,
revelando novos rios, caminhos e montes!
Talvez calhe aqui o verso de despedida
em palavras que acompanhem o movimento
de cada golfada exalada da ferida,
deste amor que avança e recua, lento,
na insistência da intuição apreendida,
no mesmo instante recusada, desmentida,
na impaciência de todos os amores,
na incoerência de palavras e cores,
na intransigência de não aceitar,
na intransigência de não negar,
na intransigência de ocultar, negando
na intransigência de aceitar, ocultando
cada golfada exalada da ferida
de um amor que recua ao mesmo tempo que avança...
Talvez, ó sim, caiba aqui o verso de despedida
de quem, impaciente, cala, aceita e cansa!
Não!
ResponderExcluirNão canse você também!
Não canse...
R.F
Para não disperdiçar palavras...gostei muito!
ResponderExcluirAbraço
Dan
Prezado Amigo...
ResponderExcluirResolvi reuní-las num só e-mail... E salvei-as, porque diante de uma preciosidade dessas a gente não tem como não as fazer... Sei que pareço querer jogar confetes em quem admiro. Mas quem não os quer? Adoro poesias... E não faço por menos em querer elogiar. Só há mimos diante de tanta sensibilidade, diante de tanta alegria que é escrever a sabedoria que vem de dentro de um coração tão belo e imenso quanto o seu...
Passei 3 dias para tentar escrever o óbvio: elogiar a quem merece ter elogios... Mas, enfim, consegui expressar aquilo que queria desde o primeiro momentos que as li...
Grande abraço e o meu carinho
Duda
Desperdice, Dan, desperdice! assim v. vai se acostumando com o tempo que nos aproxima do lazer da aposentadoria...
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